As situações clínicas diversas no dia a dia do Implantodontista têm sido cada vez mais desafiadoras, concorda? Um dos pontos fundamentais para o sucesso das reabilitações diz respeito aos componentes protéticos e, portanto, vamos falar hoje sobre como fazer essa escolha.
Vale lembrar que os Componentes Protéticos também permitem maior versatilidade e aplicabilidade nos tratamentos, trazendo mais segurança e previsibilidade para os casos clínicos.
Desta vez, contamos com a ajuda da Dra. Cindy Dodo, Especialista em Implantodontia, Doutora em Reabilitação Oral e Embaixadora da S.I.N. Implant System.
Qual é a conexão protética da vez?
O primeiro passo, para fazer a seleção dos Componentes Protéticos, é saber qual é a conexão que está sendo trabalhada. No geral, o mercado fornece três tipos básicos de conexões protéticas: Hexágono Externo (HE), Hexágono Interno (HI) e Cone Morse (CM), visto que, no caso de conexões Cone Morse (CM), não existe um padrão único. Na S.I.N., por exemplo, estas conexões têm angulações internas de 11,5 e 16 graus (ou 4 graus no modelo Compact e 3 graus no modelo Slim).
No caso do Hexágono Externo (HE) padrão, a rosca interna é de 2,0 mm e o hexágono de 2,7 mm, mas isso não é regra, depende do modelo do implante.
Em geral, vale a pena conferir a geometria do implante para o encaixe correto do componente!
Anota aí: é interessante adquirir os componentes da mesma fabricante do implante dentário, pois esses já são corretamente dimensionados para se adaptar aos implantes.
O que mais deve ser levado em conta?
Vamos agora falar sobre o ponto mais importante na seleção dos componentes protéticos: o espaço protético, criado para receber a prótese.
Para exemplificar, imagine que temos três implantes com três componentes, sendo eles o Abutment Cônico, o Abutment Multifuncional e o Mini Abutment – sabemos que existe aqui uma diferença de espaço interoclusal ocupado pelos componentes e a reabilitação vai se encaixar acima do componente protético, certo?
No caso do Abutment cônico, são 7 mm de espaço interoclusal. No Abutment multifuncional, são 5,5 mm (ou seja, conseguimos construir a prótese em um limite maior) e, por fim, o Mini Abutment tem 4,5 mm de espaço interoclusal. Lembrando que os Abutments cônicos e multifuncionais atendem a reabilitações unitárias e o Mini Abutment somente reabilitações múltiplas.
É preciso, portanto, estar atento ao espaço interoclusal disponível e ao tamanho do componente, considerando sempre a infraestrutura e a cerâmica.
Temos ainda os Abutments universais e cimentados, com alturas de 4 mm e 6 mm. Vale destacar que os componentes retos permitem certa angulação – no caso do Abutment Cônico, uma angulação de até 15 graus e, no caso do Mini Abutment, é possível uma angulação de até 20 graus.
Detalhe: no Protocolo All-on-4, técnica em que a prótese dentária é suportada por 4 implantes taticamente posicionados, se algumas vezes planejarmos a colocação do implante angulado até 20 graus, dá para fazer uso dos componentes retos, o que facilita muito a captura da prótese.
Por fim, o Micro Mini Abutment vai ter a mesma disposição de altura de 4,5 mm do Mini Abutment, porém tem seu diâmetro reduzido de 4,8 mm para 3,5 mm, para situações em que há alguma limitação de espaço médio distal protético.
Em síntese…
Para que a seleção dos pilares intermediários seja feita de forma eficaz, as condições locais devem ser criteriosamente avaliadas e a escolha deve levar em conta, basicamente, o tipo de conexão e a plataforma protética. Além disso, é preciso notar se é área estética ou não, se há a necessidade de ajustes de angulação, prótese unitária ou múltipla, parafusada ou cimentada, apresentação do tecido gengival e higienização, assim como potencial de reversibilidade do caso, entre outros.
Acima de tudo, a fase de seleção dos componentes protéticos é um pré-requisito indispensável para melhorar o prognóstico do tratamento reabilitador, já que nesta etapa é possível prever certas complicações e agir no sentido de evitá-las, considerando as melhores opções para cada caso.
Planejamento reverso ajuda (e muito!) nessa escolha
É altamente recomendável que o Cirurgião-Dentista utilize o planejamento reverso para selecionar os componentes ideais.
Afinal, as etapas de construção do protótipo e guia cirúrgico adequado e medição do espaço interoclusal são fundamentais, assim como a escolha do componente no tamanho adequado para a região, considerando-se a infraestrutura e cerâmica dentro das proporções limite (para que não haja fraturas). Anota aí: toda essa construção organizada é absolutamente necessária para garantir o sucesso da reabilitação oral.
Para uma imersão mais aprofundada, confira o curso “Soluções protéticas” com a Dra. Cindy Dodo, gratuito e disponível no Implantat, hábitat educacional da S.I.N. Implant System. E aí, gostou deste artigo? Então já compartilha com aquele amigo que gosta de estar sempre atualizado com o universo da Odontologia! Para conferir outras dicas, siga nossas redes sociais: Facebook e Instagram e também nosso canal no YouTube. Nós, da S.I.N. Implant System, estamos aqui para ajudar você a conquistar o máximo sucesso no seu dia a dia no consultório