1. TRATAMENTO TOTAL DA SUPERFÍCIE DO IMPLANTE
A primeira superfície desenvolvida e estudada foi a usinada ou lisa. Ela foi considerada durante décadas o padrão ouro para osseointegração e apresenta mais publicações na literatura odontológica. Por isso, novos projetos de superfície são comparados com a usinada in vitro, in vivo e clínica. Entretanto, o processo não produz superfície totalmente lisa, mas com padrão rugoso em torno de 0.5 μm. Atualmente está definido que o padrão entre 1,0 e 2 μm alteram positivamente a resposta tecidual ao implante, embora este mecanismo não esteja de todo elucidado. Butz e Cols46 mostraram que as propriedades mecânicas do tecido ósseo com superfícies tratadas são superiores quando comparadas às usinadas. No entanto, rugosidades superiores a 2 μm não são indicadas, já que aumentam as chances de contaminação bacteriana. Isso torna o tratamento de possíveis peri-implantites muito difícil, levando à perda total da osseointegração. Entre as técnicas de texturização de superfície, destaca-se o duplo ataque ácido térmico usado nos implantes Strong SW. Os implantes Strong SW H.E., H.I. e C.M. têm tratamento de superfície com duplo ataque ácido do ápice ao módulo da crista, incrementando o contato ósseo cervical. Dr. Estevam Bonfante e colaboradores indicaram aumento significativo nos níveis de torque de remoção dos implantes S.I.N. com superfície tratada em comparação com as usinadas.2. MACROGEOMETRIA HÍBRIDA E SISTEMA DE FRESAGEM EXCLUSIVOS
O sistema de fresagem dos implantes SW apresenta uma expansão progressiva do alvéolo ósseo para se maximizar o contato do titânio com o tecido ósseo. A associação da fresagem escalonada à macrogeometria híbrida permitem o contato da parte cervical, corpo e ápice com o tecido ósseo, superior aos implantes cilíndricos ou cônicos tradicionais, comprovado por avaliação por interferência volumétrica de contato. Um fator importante na evolução do projeto de implante é a frágil interação entre reabsorção e formação óssea na superfície, nas primeiras etapas pós-instalação. Quando um implante é inserido, as áreas de osso são reabsorvidas antes que se forme um novo osso. Para que a osseointegração se estabeleça rapidamente, existe a necessidade de um tratamento de superfície otimizado aliado a um macrodesign que alcance equilíbrio entre necessidade de estabilidade primária e que não gere grandes áreas onde o implante cause compressão no leito ósseo receptor. Desta forma pode-se obter um aumento na previsão de protocolos de carga imediata. Os vértices das roscas são pontos de concentração de tensões, portanto, capazes de gerar pressão do osso na inserção do implante. Neste sentido, menos roscas provocaria menor volume de reabsorção óssea e osseointegração mais rápida pela formação óssea direta no fundo e flanco dos filetes de rosca. Os Strong SW apresentam roscas profundas trapezoidais com geometria trapezoidal, perfil de corte agressivo e espaço maior entre os filetes, facilitando sua inserção e promovendo alta estabilidade primária. A macrogeometria híbrida apresenta características específicas para aumentar a estabilidade do implante, sem excesso de pressão na interface com o tecido ósseo, do ápice até a porção cervical. Analisando as diferentes regiões do Strong SW, pode-se destacar:- O ápice apresenta conicidade para expandir o tecido ósseo, com filetes de rosca e aumento de contato tecidual, essencial para pouca espessura óssea, como as maxilas atróficas ou alvéolos pós-exodontia;
- O corpo do implante tem perfil de roscas profundas trapezoidais para maior estabilidade no tecido ósseo medular;
- A região cervical possui microrroscas para aumentar a área de contato ósseo, dissipar as forças oclusais e reforçar as paredes do implante que receberão parte das forças mastigatórias. Minimizando assim a perda de osso.
3. ACOPLAMENTO PROTÉTICO INTERNO
As conexões internas H.I. e C.M., distribuem as tensões de modo uniforme, comparadas aos encaixes do H.E. Essas conexões também diminuem substancialmente o pico das tensões e otimizam a distribuição de tensões no osso. Entretanto, em conexões padrão H.E. na margem da mucosa peri-implantar, o pico cisalhantes na interface osso-implante se localiza no topo do osso marginal. Considerando que o osso cortical resiste 65% menos ao cisalhamento que a compressão, essa conexão tende à perda óssea peri-implantar. Com C.M., o pico da tensão cisalhante é mais apical, o que pode reduzir a reabsorção óssea marginal. Comparando conexões em H.I. e H.E., observou-se menor concentração de tensões na região marginal da configuração interna. Isto se justifica pela diferença de área superficial entre as conexões. A interface cônica da C.M., bem como a parede lateral do abutment do H.I., ajudam a dissipar a força transmitida ao osso marginal. O design da conexão protética também é decisivo nas tensões do parafuso do abutment e no desajuste (gap) entre ele e o implante. Comparando as tensões internas Pessoa et al. encontraram valores de tensão no parafuso do abutment e gap bem menores para a conexão C.M., enquanto o H.I. apresentou valores intermediários e o H.E. maior instabilidade e tensões na região do encaixe protético. Estes resultados demonstram que as conexões externas apresentam maior possibilidade de afrouxamentos e fraturas de parafuso da prótese.4. ACOPLAMENTO PROTÉTICO EXTERNO
O sistema de implantes com acoplamento de H.E. desenvolvidos pelo Prof. Per-Ing- var Bränemark é um dos mais utilizados do mundo. A vantagem do sistema H.E. é sua simplicidade e previsibilidade adquiridas ao longo de anos de estudo clínico e suporte científico favoráveis. Um aspecto importante do sistema H.E. é a variedade de componentes protéticos que facilitam a escolha da solução adequada para cada caso. O acoplamento H.E., embora biomecanicamente mais instável, trata-se de um sistema com alta aplicação, em especial nas próteses múltiplas sobre implantes ou áreas de baixa demanda estética. Nesses casos, há melhor distribuição de forças geradas pela união entre os implantes, minimizando o risco de afrouxamento ou fratura de elementos protéticos. A presença das microrroscas cervicais com o tratamento de superfície no módulo da crista e aplicação do conceito de Plataforma Switching nos implantes Strong SW H.E., diminuem o excesso de compressão e de cisalhamento no módulo da crista, comparado aos desenhos convencionais com acoplamento protético semelhantes.5. STRONG SW HEXÁGONO EXTERNO COM TORQUE INTERNO HEXALOBULAR
Os implantes SW H.E. também apresentam evolução macrogeométrica ao introduzir o implante no alvéolo ósseo com precisão e sem risco de travar a chave de inserção, sobretudo se o torque exceder valores de 60 Ncm. Este novo conceito de torque interno de H.E. exclui os ângulos na chave de inserção e no implante, responsáveis por deformações internas e travamento do conjunto, dificultando a remoção da chave no transoperatório e podendo levar à perda de estabilidade do implante ou fratura do instrumento de inserção.6. SELAMENTO MARGINAL
Um dos diferenciais da linha Strong SW é a disponibilidade de um sistema completo de intermediários protéticos usinados com alto padrão de qualidade para garantir uma união cervical precisa, minimizando o risco de acúmulo bacteriano entre implante-abutment. Alguns fatores a serem considerados pelo profissional é o uso de intermediário da mesma marca comercial do implante instalado, o torque recomendado pelo fabricante para evitar afrouxamentos e não remover mais o intermediário, pois isto garantirá um selamento marginal mais efetivo, preservando a estrutura óssea marginal peri-implantar. Os implantes com acoplamento protético interno mostram um selamento bacteriano mais efetivo, sobretudo os C.M., por suas características geométricas. Este tipo de acoplamento protético é indicado, em especial, para pacientes com histórico de periodontopatias, dificuldades de higienização ou casos unitários, onde a demanda funcional e estética é maior.7. PLATFORM SWITCHING
É importante manter a altura da crista óssea para os resultados estéticos do tratamento e a utilização de componentes protéticos com diâmetro menor que a plataforma do implante foram inseridos como tentativa de redução ou eliminação da perda óssea peri-implantar marginal. Para sustentação da Platform Switching, Lazzara & Porter sugeriram que a posição horizontal da interface implante-abutment exporia maior área da superfície, facilitando adesão do tecido conjuntivo e afastando da crista óssea a contaminação bacteriana do gap; reduzindo assim reabsorção óssea peri-implantar marginal. Eles observaram que várias restaurações com abutments em Platform Switching exibiram perda óssea na crista marginal reduzida ou ausente . Guirado et al. e Capiello et al. também indicaram perda óssea marginal média de 0,7 mm para um novo design de implantes com Platform Switching (média, 0.95 ± 0.32 mm), comparados aos restaurados com abutments de mesmo diâmetro (média, 1.67 ± 0.37 mm), após 12 meses de carga. Por isso, a Platform Switching é indicada como tratamento válido na manutenção dos tecidos peri-implantares moles e duros para implantes de dois estágios e também nos protocolos de carga imediata. Ademais, nota-se estímulo biomecânico para o uso de abutments mais estreitos em outros estudos. O seu design afasta o acúmulo de tensões da margem óssea peri-implantar, reduzindo seu efeito na reabsorção óssea marginal No entanto, encontra-se maior concentração de tensões no parafuso em implantes com Platform Switching. Isto leva ao afrouxamento e fratura de parafusos. No caso do Strong SW, o uso da Platform Switching é seguro, pois os encaixes internos protegem o parafuso passante do excesso de tensão.8. MICRORROSCAS CERVICAIS NOS IMPLANTES
Elementos de retenção com microrroscas no módulo da crista são necessários para preservar o osso peri-implantar marginal. A presença delas no módulo da crista aumenta muito a resistência às cargas axiais, e os estímulos mecânicos providos por elas ajudam a preservação e estabilidade do osso peri-implantar marginal. Em animais, elas indicaram maior percentual de contato osso-implante. Estudos clínicos também indicaram reabsorção óssea mínima. Um dos estudos acompanhou e comparou implantes com e sem essa característica macrogeométrica e demonstrou que eles estão associados à menor perda óssea marginal. Por outro lado, após um ano de função essas perdas variam entre 0.05 e 0.6 mm. Uma explicação possível é que o implante sem elas perde recursos de retenção e, portanto, a capacidade de distribuir as tensões concentradas no módulo da crista. Caso excedam os limites de resistência do osso, ocorrem microdanos por fadiga, levando à reabsorção óssea. As roscas também criam tensão nos tecidos de suporte. O osso é mais resistente a forças de compressão e resiste 65% menos ao cisalhamento; causa gerada pela tendência ao afastamento de duas superfícies. A primeira é capaz de converter parte das forças de cisalhamento aplicadas em forças compressivas. A transformação dessas forças, reduz as tensões mais nocivas e diminui microdanos ao osso marginal.A FORÇA DA VERSATILIDADE!
Gostou dos benefícios dos implantes Strong SW? Baixe gratuitamente a Monografia Strong SW e saiba tudo sobre a linha de implantes da S.I.N.!Referências Bibliográficas 51. Pessoa RS, Vaz LG, Marcantonio Jr E, Vander Sloten J, Duyck J, Jaecques SVN. Biomechanical evaluation of platform switching in different implant protocols – CT based 3D finite element analysis. Int J Oral Maxillofac 2010 Sep-Oct;25(5):911-9. 62. Albrektsson, T. and A. Wennerberg, Oral implant surfaces: Part 2–review focusing on clinical knowledge of different surfaces. Int J Prosthodont, 2004. 17(5): p. 544-64.