Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 18,5 milhões de pessoas com deficiência (PCDs), o que corresponde a cerca de 10% da população do país. Por lei, todo ambiente aberto ao público deve contar com garantias de acessibilidade.
Em uma clínica odontológica, isso é muito importante, para que todos sejam atendidos de forma igualitária e respeitosa. Mas vale destacar que a acessibilidade não se resume a ter rampas de acesso e portas mais largas.
É preciso implementar uma adaptação geral, para que o ambiente seja, de fato, receptivo e acolhedor para todos. É sobre isso que vamos falar hoje!
Tornando a sua clínica acessível: os primeiros passos
Primeiramente, é preciso reservar um número de vagas de estacionamento para os portadores de deficiência, caso isso seja possível. Segundo a legislação, pelo menos 2% das vagas devem ser destinadas para esse público e, preferencialmente, devem estar o mais próximo possível da entrada do consultório, facilitando os deslocamentos.
Além disso, rampas devem ser instaladas tanto na parte externa quanto na interna, garantindo que não haja nenhuma barreira para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Elevadores também são importantes caso o acesso à clínica tenha escadas.
lei prevê banheiros adaptados para cadeirantes, tornando essencial garantir que esses espaços tenham barras de apoio e um vaso sanitário especial.
Mais detalhes que precisam ser levados em conta
Outra atitude preciosa é instalar corrimões no ambiente que vão ajudar os Pacientes que têm mobilidade reduzida. Para isso, é essencial que um profissional especializado faça uma avaliação no consultório, indicando os locais para instalar corrimões.
Placas em braile nos sanitários ajudam as pessoas com deficiência visual, assim como marcações no piso permitem que esse público caminhe de forma segura no consultório.
Ainda falando em pisos, vale ficar atento, já que os escorregadios são um perigo para pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiência visual. Portanto, a melhor aposta é nos antiderrapantes e que não causem trepidação para cadeiras de rodas. Ainda nesse sentido, na recepção, é bom não fazer uso de tapetes, para evitar que as pessoas escorreguem.
Dentro das salas de atendimento, o Dentista deve priorizar cadeiras reclináveis, para que o Paciente tenha fácil acesso e mais conforto.
Por fim, a altura das coisas no consultório, como do balcão da recepção, dos bebedouros e da mesa do cafezinho, devem permitir que cadeirantes as possam alcançar facilmente.
Preparando uma equipe inclusiva
Preparar os Colaboradores para atenderem e acolherem pessoas com deficiência é parte fundamental na prática inclusiva, portanto, é primordial oferecer um treinamento que ensine a equipe a lidar com essas pessoas, prezando pelo respeito e empatia e evitando o capacitismo (discriminação contra pessoas com deficiência). Além disso, é interessante que o colaborador que tem o primeiro contato com as pessoas saiba se comunicar em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), para que possa auxiliar todos os Pacientes.
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